Em tempos de transformação digital, muito tem se falado sobre Big Data. Mas o Small Data tem cada vez mais se consolidado como uma importante ferramenta de marketing digital – especialmente para empresas de pequeno e médio porte.
Enquanto o Big Data exige o suporte de especialistas em dados com muita expertise no assunto, uma boa dose de investimentos financeiros e ferramentas de tecnologia avançadas, o Small Data é um caminho mais fácil.
E o mais interessante é que geralmente as empresas exploram apenas 12% dos dados de seu Small Data. Com isso, 88% das informações ficam sem uso – o que pode significar um bom número de negócios e vendas sendo perdidos.
Nesse artigo vamos explicar um pouco mais sobre Small Data e todas as vantagens que ele pode trazer para o seu negócio. Veja a seguir.
O que é Small Data?
O Small Data é composto por dados fáceis de se acessar. São parte de um universo mais enxuto e podem ser compreendidos facilmente por profissionais em busca de insights que possam ser colocados em prática.
Ele pode ajudar sua empresa a melhorar os processos operacionais, aumentar o ROI e gerar um desempenho melhor na organização como um todo.
Quando sua equipe de Vendas trabalha com o Small Data, é possível aumentar as taxas de conversão, ter mais precisão ao determinar suas metas de vendas e garantir que seus leads sejam mais bem conduzidos pelo funil de vendas.
E o Small Data pode ajudar seu time de Marketing a medir as taxas de conversão de uma forma mais objetiva e a afinar a produção dos conteúdos de apoio que são disponibilizados durante a jornada do consumidor.
A grande vantagem é que sua empresa já tem seu Small Data em mãos. E uma análise de 24h, sem grandes investimentos de tecnologia, contratação de super especialistas, já pode trazer grandes benefícios para seus negócios.
O Small Data é relacionado às pessoas
O primeiro passo para fazer o Small Data trabalhar a favor de suas vendas é implementar uma cultura orientada por dados em todos os níveis de sua empresa.
Isso significa que desde a diretoria até sua equipe de receptivo deve ter uma conduta de buscar dados e informações sobre os clientes, as soluções vendidas e o que elas têm promovidos em termos de resultados e vantagens para os seus clientes.
Adequar-se à tecnologia é a parte menos complicada. Existem uma série de ferramentas e sistemas baseados na nuvem, softwares como serviço (SaaS), produtos que podem extrair e tratar seus dados e garantir que sua equipe tenha uma série de informações totalmente claras para trabalhar.
Nessa etapa, é fundamental ter todas as métricas definidas – seus KPIs – e garantir que todos os envolvidos as conhecem e entendem profundamente.
A cultura de transparência de dados precisa funcionar em paralelo a esta ação. Só assim sua equipe estará envolvida nos processos necessários para alcançar todos os objetivos propostos.
Pode parecer um pouco utópico ou fantasioso abrir todas as informações para toda a equipe, mas é possível encontrar um caminho viável que permita envolve-los na estratégia de crescimento da empresa.
A partir daqui, é importante que você, como CEO ou membro da diretoria, incentive sua equipe a não só operar as ferramentas analíticas, mas a adotar uma postura focada na obtenção de dados: fazer perguntas orientadas pelos dados e buscar respostas que possam trazer novas informações.
As coisas pequenas podem mudar a história da sua empresa
A Lego e a Havaianas são dois excelentes cases de aplicação de Small Data que mudaram a história de suas empresas.
A Lego reverteu seu quadro de quase falência após uma conversa de sua equipe de especialistas e um pequeno fã alemão de Lego, que era também um grande skatista.
A coleta de insights dessa conversa mostrou que aquela geração estava realmente buscando não só uma satisfação instantânea – mas algo que fosse digno de ser compartilhado, algo que valesse a pena se gabar.
A partir daí a empresa ampliou suas coleções, produziu blocos menores, peças mais complexas e conjuntos mais desafiadores. Hoje, a Lego contabiliza mais de US$2 bilhões em vendas, ultrapassou a Mattel e tornou-se a maior fabricante de brinquedos do mundo.
Já a Havaianas mudou seu cenário quando analisou o mercado lá atrás, na época das sandálias de solados brancos, e descobriu que seus consumidores costumavam virar as solas para cima, para que seus chinelos fossem de uma só cor.
A partir daí eles criaram novos modelos de uma única cor, com calcanhar mais alto, e lançaram uma campanha de reposicionamento de marca – que atraiu novos públicos e elevou o produto à categoria de objeto de consumo que é hoje.