Prorrogado diversas vezes, o fim do suporte para Windows Server 2003 aconteceu dia 14 de Julho e deixou preocupado quem não teve tempo ou não achou interessante mudar de versão.
O site ITProPortal mencionou que um dia após o encerramento do suporte, 60% dos 11 milhões de máquinas que utilizavam Windows Server 2003 não haviam conduzido uma migração. Isso somado à preocupação de especialistas de TI, que consideram o fim do suporte deste produto como potencialmente a maior ameaça a segurança na área em 2015, torna o cenário mais crítico.
Como o fim do suporte pode afetar os negócios
A maioria dos problemas acontece justamente nos momentos em que a empresa precisa de relevantes informações, sejam elas para uma analise do negócio ou mesmo para fechar um negócio. Além destes riscos, surgem também os riscos por falta de proteção contra vulnerabilidades e da impossibilidade de contactar o serviço técnico para correção de bugs.
Segundo a própria Microsoft, os pontos mais afetados pelo fim do suporte são:
- Segurança dos dados dos clientes.
- Problemas referentes a indisponibilidade durante interrupções.
- Empresas que buscam modelos híbridos de nuvem não encontrarão a mesma conveniência devido a incompatibilidades de versões entre o Windows Server e o ambiente Azure (32 bits e 64 bits).
- Dado o não atendimento de novas normas regulatórias, parceiros comerciais podem se sentir impelidos a abandonar essa parceria para não se prejudicarem.
- Impossibilidade de atender as últimas aplicações e regulamentações de proteção de dados. Isso pode acarretar processos e consequente prejuízo da marca da organização.
Há duas possibilidade de lidar com esses problemas: continuar com o Windows Server 2003 e lidar com os riscos que surgirão ou migrar para uma versão mais moderna e segura.
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Mitigação dos riscos ao continuar utilizando Windows Server 2003
A rede de profissionais de TI Spiceworks conduziu uma pesquisa antes do fim do suporte e constatou que apenas 8% das empresas entrevistadas não tinham planos de adequar sua infraestrutura a uma versão mais recente. A motivação das respostas eram as mais diversas, como preocupações acerca da segurança de soluções atualizadas (85%), compatibilidade (72%) e riscos de compliance (66%).
Além disso, a falta de orçamento, de profissionais especializados e confiança em aplicações já existentes levam as empresas a continuarem utilizando um software descontinuado. Por outro lado, a decisão pela migração pode ajudar a empresa identificar oportunidades de redução de custos operacionais na área de TI
Caso tomem essa decisão, essas empresas devem estar preparadas para se protegerem. Por exemplo, uma ferramenta que gerencia o acesso ao banco de dados deverá ser necessária caso uma vulnerabilidade seja encontrada no SQL. Firewalls e monitoramento de acessos também devem ser utilizados para prevenir invasões em sistemas. De modo geral, a empresa deve estar preparada para remediar problemas de forma paliativa (o clássico apagar incêndios).
Motivos para migrar para uma versão mais recente
Esta é a ação recomendada! A mesma pesquisa da Spiceworks apontou que 64% das empresas tinham planos de migrar para o Windows Server 2012 R2. A própria Microsoft conduz um passo a passo de migração desde a determinação e categorização das aplicações até o destino desse conteúdo.
Em um whitepaper recente e embasado pela Microsoft, a agência de pesquisa e marketing digital IDC menciona vários benefícios referentes a modernização, como: possibilidade do uso de IPv6, virtualização mais moderna com Hyper-V, gerenciamento inteligente com System Center 2012 R2, entre outros.
Essa modernização também agrega tendências de negócios atuais, como o chamado mobile first, cloud first e a chamada consumerização da TI, uma vez que a integração e gerenciamento de dispositivos móveis pode ser feita por meio do Azure AD e do Windows Intune.
Garantindo a segurança dos dados
Independente se ocorrerá a migração ou não, o conteúdo dos servidores deve passar por backups e pelo armazenamento da condição dos banco de dados (snapshots). O ideal é que sejam realizados backups redundantes.
Além disso, uma maneira indireta de garantir que seus dados não se percam é atribuir o trabalho de migração ou prevenção dos riscos no caso da não migração a uma equipe especializada, seja esta equipe interna ou terceirizada. Caso sua empresa não possua um departamento de TI com essa competência, há consultorias especializadas que podem ajudar nesta questão.
Contudo, uma coisa é certa. Com o fim do Windows server 2003, as empresas precisam tomar uma decisão em relação ao tema e, caso decida não migrar, será de extrema relevancia fazer um bom plano de mitigação de riscos e alinhar tal decisão com os principais líderes da empresa.